
O PEÃO DESASTRADO
A MONTARIA
Finalmente chegou o sábado, o grande dia da montaria.
A notícia tinha se espalhado pelos sítios vizinhos, e havia uma plateia considerável para o evento.
Não sabíamos qual a atração principal, se os peões presente, ou os animais chucros que aguardavam pra lá de ansiosos na cocheira.
Chegou o grande momento: Binho versus a mulinha indomada.
A tragédia era quase que anunciada.
Se houvessem apostas, certamente a maioria presente apostariam na mulinha.
Agora era tarde demais para recuar. No pasto, bem próximo ao curral, eram só o meu primo e a mula. Homem e animal num desafio.
A missão do homem: Não cair do animal e domá-lo.
O desafio do animal: derrubar o homem o mais rápido possível e manter-se tão chucro quanto quando veio ao mundo.
O peão encarou o animal, segurou firme as rédeas, pois o primeiro pé no estribe e passou a outra perna sobre o animal.
Mal deu pra sentir a temperatura da cela. Um pulo, dois pulos e lá se foi o peão, em queda livre direção ao solo. quer dizer, não muito livre, pois quando parecia que o pior já tinha acontecido, veio o mais triste da história: Seu pé esquerdo ficou preso ao estribe, e o animal disparou arrastando esse homem pasto a fora, pra desespero de todos presente e, certamente, desespero ainda maior para o Binho que era arrastado.
Numa ação rápida, outro peão, de cujo nome não tenho lembrança, pois não era costumeira sua ida pelos lados de nossa casa, montando seu veloz cavalo, conseguiu aparelhar-se com o animal em fuga e segurou suas rédeas, fazendo-o parar.
Graças a Deus fora só outro susto e alguns esfolões. Dois sustos e dois vexames em dois dias.
Sei que a mulinha fora domada no mesmo dia, mas pelo peão que prestara socorro ao meu primo. Quanto ao Binho, não me lembro de tê-lo visto nunca mais montar em animal algum...
A notícia tinha se espalhado pelos sítios vizinhos, e havia uma plateia considerável para o evento.
Não sabíamos qual a atração principal, se os peões presente, ou os animais chucros que aguardavam pra lá de ansiosos na cocheira.
Chegou o grande momento: Binho versus a mulinha indomada.
A tragédia era quase que anunciada.
Se houvessem apostas, certamente a maioria presente apostariam na mulinha.
Agora era tarde demais para recuar. No pasto, bem próximo ao curral, eram só o meu primo e a mula. Homem e animal num desafio.
A missão do homem: Não cair do animal e domá-lo.
O desafio do animal: derrubar o homem o mais rápido possível e manter-se tão chucro quanto quando veio ao mundo.
O peão encarou o animal, segurou firme as rédeas, pois o primeiro pé no estribe e passou a outra perna sobre o animal.
Mal deu pra sentir a temperatura da cela. Um pulo, dois pulos e lá se foi o peão, em queda livre direção ao solo. quer dizer, não muito livre, pois quando parecia que o pior já tinha acontecido, veio o mais triste da história: Seu pé esquerdo ficou preso ao estribe, e o animal disparou arrastando esse homem pasto a fora, pra desespero de todos presente e, certamente, desespero ainda maior para o Binho que era arrastado.
Numa ação rápida, outro peão, de cujo nome não tenho lembrança, pois não era costumeira sua ida pelos lados de nossa casa, montando seu veloz cavalo, conseguiu aparelhar-se com o animal em fuga e segurou suas rédeas, fazendo-o parar.
Graças a Deus fora só outro susto e alguns esfolões. Dois sustos e dois vexames em dois dias.
Sei que a mulinha fora domada no mesmo dia, mas pelo peão que prestara socorro ao meu primo. Quanto ao Binho, não me lembro de tê-lo visto nunca mais montar em animal algum...
(João Roberto Fernandes)
Nenhum comentário:
Postar um comentário